quinta-feira, 28 de março de 2013

A Coroação de Napoleão

A Coroação De Napoleão, 1805 a 1807
Dimensões: 
979 cm x 629 cm
Museu do Louvre, Paris


  • Análise descritiva:
Na obra “A coroação de Napoleão Bonaparte”, o evento registrado na imagem está acontecendo em um local amplo e aparentando ser religioso. A iluminação está focada em Napoleão, e nas pessoas próximas, através de um único feixe de luz. Napoleão está com várias vestes volumosas com o predomínio da cor branca, dourada e o vermelho. Suas mãos estão elevadas e segura uma coroa, pronta para ser colocada na cabeça da mulher, sua esposa, que está ajoelhada a sua frente. Ela usa uma capa vermelha com bordados dourados, provavelmente de veludo, bastante macia e volumosa, e joias brilhantes. Duas mulheres seguram a capa da esposa de Napoleão, seus vestidos são de cores claras, e adornadas por coroas de louro na cabeça.  Ao seu lado há uma almofada de cor escura com detalhes dourados. Próximo a elas, está à única criança da imagem que usa vestes vermelhas e brancas. As pessoas representadas na cena, fora do foco principal de luz, usam roupas parecidas, de acordo com seu sexo, e estão assistindo, atônitos, ou, com rosto sem expressão a coroação.
O ambiente é caracterizado por altos arcos plenos, enfeitados com cortinas verdes e detalhes dourados, que dão uma ideia de divisão, entre a cena principal e um público atrás do salão principal. Quase ao centro, em um desses arcos, há um parapeito, onde estão algumas pessoas, entre elas, uma senhora sentada que aparenta está indiferente ao acontecimento, abaixo dela, homens com o uniforme militar francês, composto pelas cores azul, vermelho, branco e detalhes dourados. Acima da senhora sentada, pessoas são representada com menos detalhes, talvez porque não tivessem o mesmo prestígio dos que estavam próximo a Napoleão, ou simplesmente para dar profundidade e distância. Ao fundo dessas pessoas, existe um vitral colorido. As paredes do salão principal são de uma textura de pedra mármore, de cor clara e marrom. E do lado esquerdo da imagem, sobre o parede, há uma tapeçaria,nas cores vermelha e creme, sendo que o tecido da primeira cor é liso, e da segunda com póas, com um brasão ao meio. O piso parece está coberto por tecido áspero, e coloração verde.
No altar, Napoleão está em pé, em oposição ao papa, sentado com cardeais ao seu redor.  Atrás do papa, existe uma espécie de sete velas com um crucifixo, de aproximadamente 3 metros, se considerarmos a altura de um dos cardeais, em pé, próximo à vela. Por trás dos arcos, mencionados anteriormente, estão algumas pessoas, que claramente não são de muita importância na cena, ou até mesmo no evento, mas ainda assim estão observando a coroação, sem muitas expressões de sentimentos.

  • Análise interpretativa:
A imagem representa um evento de coroação, que com nossos conhecimentos históricos, podemos afirmar ser a Catedral de Notre-Dame.  Rica em detalhes e demonstração de poder de Napoleão, que é destacado principalmente pelas cores utilizadas nas pessoas e ambiente retratado, entre eles o constante uso do vermelho e dourado, representando o  poder e a nobreza.
A mulher que se apresenta de joelhos é a sua esposa, que aparentemente será coroada, e sua posição sugere submissão. Logo atrás de Napoleão está o papa que observa o ocorrido sentado, essa diferença na representação cria uma ideia de submissão entre Napoleão e o pontífice, evidenciando que seu poder, que seria superior ao da Igreja.

Madame Récamier

Madame Récamier, 1800
Museu do Louvre, Paris


  •  Análise descritiva:
 A imagem apresenta um fundo razoavelmente escuro, onde a luz esta focalizada na figura principal, uma mulher de pele clara, que está deitada, quase de perfil, em um divã de madeira acolchoado, de cor ocre e azul. A personagem está no centro do quadro, e tem um corpo alongado. Suas vestes são brancas e de tecido fino, entretanto não chega a ser transparente, as dobras do vestido são bem detalhadas e chegam a tocar o chão. O seu braço direto está em repouso sobre seu corpo, e o outro está apoiado nas almofadas do divã. Suas pernas estão cruzadas, e seus pés desnudos. Em sua cabeça há uma faixa preta, porém analisando parece que a faixa seria uma separação de sua cabeça. Seus cabelos são de tons castanhos claros e cacheados.
Abaixo do divã há sombras projetadas no chão, e existe ainda uma banqueta aos pés do divã no lado inferior direito da imagem, e uma estrutura fina e com enfeites sinuosos onde se encontra uma lamparina não acesa, em um suporte, no alto da mesma.

  •  Análise interpretativa: 
A imagem nos transmite uma sensação monótona, pois a mulher não representa nenhuma expressão facial, e sua posição ao longo de certo tempo ficaria penosa. As condições do ambiente nos levam a uma conduta ociosa numa vida suntuosa e levada a dinheiro.
Na nossa percepção as sombras projetadas estão desproporcionais e uma das bases do divã, que quase não aparece, deveria está iluminada.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Biografia


Autorretrato, 1794
Dimensões: 
81x64 cm

Museu do Louvre, Paris
Jacques-Louis David, nasceu em Paris (França), no dia 30 de agosto de 1748, e faleceu em Bruxelas (Bélgica), em 29 de dezembro de 1825. Era filho de um rico comerciante de tecidos, e após a morte de seu pai, foi mandando por seus tios a estudar no Collège des Quatre-Nation (colégio das quatro nações). Foi discípulo de Joseph-Marie Vien, com quem se aperfeiçoou e se tornou o maior representante da pintura neoclássica. Estudou na Academia Real de Pintura e Escultura da França.
Considerado o pintor da revolução francesa mais tarde tornou-se o pintor oficial do império de Napoleão, durante o seu governo. David registrou fatos históricos ligados à vida do imperador, entre os quais a sua coroação e a travessia dos Alpes.